Fascismo Romeno: A Guarda de Ferro
Publico em Último Reduto, n.º 2«Desde há dois anos que fomos amarrados pela cadeia da mais infame censura. Cai sobre nós uma chuva de infâmias, entre os aplausos dos inimigos que têm a esperança de ver-nos sucumbir, mas todas as ânsias e todos os esforços desesperados ficarão reduzidos a tentativas vãs. Os legionários não morrem! Firmes, inamovíveis, invictos e imortais, contemplam, vitoriosos sempre, as convulsões do ódio impotente. Quero que vós, soldados de outros horizontes romenos, reconheçais aqui o vosso próprio passado e acordem dos sofrimentos e dos golpes recebidos. Que encheis os corações de fogo e de resolução na luta difícil mas justa na qual vos empenhastes, pela qual recebemos a determinação de sair vencedores ou mortos. Em vocês, penso quando escrevo. Em vocês, que haveis de morrer recebendo com a serenidade dos nossos antepassados trácios o baptismo da morte. E em vós, os que deverão marchar para além da morte e das tumbas, levando nas mãos os triunfantes estandartes romenos».
Mensagem de Corneliu Zelea Codreanu aos legionários da Guarda de Ferro (6 de Dezembro de 1935)
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No ano de 1899 nasce mais um filho ao casal Codreanu, a quem põem o nome de Corneliu Zelea Codreanu. O Dr. Codreanu era um nacionalista romeno e o seu filho foi educado dentro da velha tradição romena.
Corneliu Codreanu cursa durante 5 anos a Escola Militar de Manastirea, onde se forma numa severa educação guerreira que lhe inculca sentimentos nobres e generosos e uma sã confiança nas suas forças. No Verão de 1916 era declarada a mobilização geral e Corneliu Codreanu, parte em busca do regimento de seu pai. Porém, como só tinha 17 anos de idade, não é aceite mas alista-se acto contínuo no Corpo Auxiliar, onde presta relevantes e honrosos serviços nos socorros aos feridos.
Finda a guerra, inscreve-se em Direito na Universidade de Iasi que, entretanto, se tinha convertido num antro de comunistas e judeus e onde a desordem e a anarquia campeavam vergonhosamente. Mas também nas fábricas não se trabalhava: greves sobre greves, comícios, reuniões e sabotagem corroíam a já tão débil economia romena.
Movendo-se nos bastidores, puxando os cordelinhos, encabeçando mesmo os bandos comunistas quando necessário, quatro judeus — Pauker, Gheler, Spiegler e Schreiber — comandavam a subversão e a desordem, o banditismo e o terror.
Para combater este estado de coisas — que a democracia permitia — funda, em Março de 1919, a sociedade cultural Mihail Kogalniceanu, que, através de debates e conferências, alerta o povo romeno para os perigos em que caíam. Clandestinamente, no bosque, exercitavam-se para a guerra.
Era necessário um movimento aglutinador, organizado e forte, que impedisse o operariado de resvalar para o comunismo, a cujas fileiras era constantemente chamado pela imprensa judaica, e conglomerasse as classes camponesas e intelectuais que de forma desorganizada e quase só por instinto, resistiam à cabala talmúdica. Esse movimento teria por bandeira os valores eternos da Honra, da Fidelidade, do Trabalho, da Ordem e da Justiça Social. Codreanu afirmou um dia a Constantin Pancu: «Não basta vencer o comunismo, e necessário também lutar pelos direitos dos trabalhadores que têm direito ao pão e à honra».
E assim os trabalhadores organizam-se em Sindicatos Nacionais e nasce uma nova Ideia: o Socialismo Nacional Cristão.
Em Outubro de 1922 parte para Berlim, para continuar os estudos de Economia Política, trabalhando para se manter e pagar o curso. Ouve pela primeira vez falar de Adolf Hitler em casa de um trabalhador chamado Strumpf, de quem se tornara amigo. Este afirma-lhe: «Fala-se muito de um movimento anti-semita iniciado em Munique por um pintor de 26 anos chamado Hitler. Parece-me ser este de quem o povo alemão esperava».
Vai obtendo notícias do Fascismo italiano e das suas realidades. Pensa que, na Roménia, o fascismo teria que significar a eliminação do perigo que ameaçava o povo romeno: o judaísmo; teria, como Mussolini fez, de eliminar também os seus tentáculos: a Maçonaria e o Comunismo. A Roménia encontrava-se então, tal como nos dias de hoje, dominada económica e politicamente pelos judeus.
Retorna a Bucareste onde empreende, juntamente com o professor Cuza, a organização dos nacionalistas romenos. Em 1923 aparece na capital romena o Fascio Nacional Romeno e em Cluj a Acção Romena. O estudante Ion Motza traduz do francês Os Protocolos dos Sábios de Sião. É marcado para Agosto o I Congresso do Movimento Estudantil, mas este é proibido. Os estudantes levantam barricadas e são cercados pelo 13.º Regimento. Segue-se um período de grande agitação. Motza é preso por executar um sabotador judeu. A juventude organiza grandes manifestações durante o seu julgamento, para obter a sua absolvição. Vários legionários são presos, entre os quais Codreanu, que se defendeu de pistola em punho de um guarda que o tentou agredir. São maltratados e torturados, mas, na cela húmida e escura, sentados junto do duro leito, cantavam:
«Gaudeamus ígitur
juvenes dum sumus...»
Chega o Inverno e a neve que invade a parte da cela junto da janela gradeada e, à noite, o silêncio opressor é apenas interrompido pelo piar lúgubre das corujas acoitadas na torre da prisão. Mas os legionários não vergam, não vacilam, apesar da injustiça das condenações. É marcado novo julgamento para Março de 1925 e Codreanu é transferido para a prisão de Focsani, mas só a 20 de Maio se inicia, em Turnul-Severin. A acusação é liderada por Costa-Foru, grão-mestre de uma loja maçónica da capital, mas as falsidades do processo eram tão evidentes que o veredicto final foi a absolvição. Codreanu saiu do tribunal em ombros, no meio de uma multidão de mais de 10.000 pessoas, que o aclamava e vitoriava.
Viaja para França na companhia da esposa e de Motza, mas depressa é obrigado a regressar: um clima de desacordo começa a instalar-se no seio das forças nacionalistas que congregara à sua volta, clima alimentado por grupúsculos dissidentes e suspeitos. Funda então a 24 de Junho de 1927 a Legião de S. Miguel Arcanjo. Sem dinheiro nem programa, toda aquela juventude trazia Deus na alma e Ele os inspirava de forma invencível na Fé. Mas, se não havia programa, havia directivas: a fé em Deus, a confiança na luta por um socialismo nacional e cristão, o amor à Pátria, a fidelidade na defesa dos valores eternos e a devida aos camaradas. Viviam os legionários para aprenderem a ser correctos, a combater para serem fortes e valorosos, a trabalhar e a sofrer para temperarem a alma, a sacrificar-se para se ultrapassarem a si próprios, servindo a Raça.
O Fascismo é uma nova forma de direcção do Estado que tem como base uma elevada consciência nacional e a consequente defesa da Raça, que leva o povo a identificar-se com o chefe. A Raça compreende um património biológico: a carne e o sangue; um património material: a terra e a riqueza pelo trabalho; um património espiritual: a visão cristã do mundo, a Honra e a Cultura. A Raça é, por conseguinte, uma entidade que prolonga a sua vida para além da morte.
Em 1928 Codreanu é mais uma vez encarcerado por «traição». Durante os 10 anos de cativeiro suporta estoicamente o seu martírio e, em dois volumes escreve as suas memórias. Em Março de 1932, o governo dissolve pela segunda vez a Guarda de Ferro e sela a sua sede. Apesar da infame repressão e perante o entusiasmo popular, a Guarda de Ferro vence as eleições no distrito de Tutova por uma grande margem. Então, em 30 de Novembro de 1938, traiçoeiramente arrastado para uma cilada, Codreanu é assassinado na floresta de Jilava, entre Bucareste e Ploesti, pela polícia do ministro do Interior Calinesar (mais tarde executado pelos legionários sobreviventes), ao serviço do rei Carol II e da sua prostituta judia Elena Wolf.
Durante oito dias o seu cadáver esteve exposto ao escárnio do populacho judeu, «que lhe cuspia à passagem». No local do crime, mais tarde, os seus camaradas edificaram um mausoléu que veio a tornar-se em local de culto. Horia Sima sucedeu a Codreanu no comando da Guarda de Ferro.
Codreanu afirmara certa vez: «O país morre por falta de homens, não por falta de programas políticos... Não devemos criar programas novos, mas homens novos». Corneliu Codreanu é um dos maiores exemplos populares de nobreza, de inteireza e de carácter, cujo único programa era o seu próprio exemplo e integridade. Como ele, também esse será o nosso programa.
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