quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Preparando-se para o colapso

Preparando-se para o colapso

Por Troy Southgate

Durante muitos anos o Estado tem estado preocupado em estabelecer ligações entre a “extrema-direita” e actividades proto-terroristas. Houve o caso do grupo de treino da Spearhead de John Tyndall nos anos 60; a conspiração fictícia de Tony Malski para bombardear o Festival de Notting Hill; o envolvimento do agente provocador da Searchlight, Dave Roberts, com a Column 88 durante o início dos anos 80; a não existente cooperação da National Front com terroristas árabes em 1988. O facto de haver pouca, ou nenhuma verdade nestas orquestrações não significa necessariamente que os separatistas raciais tenham sido bem sucedidos em evitar as perigosas e incriminadoras relações com actividades paramilitares, e ilustra simplesmente o facto de que não fizemos o suficiente para clarificar a nossa posição em relação a este assunto altamente controverso. Como corrente revolucionária, o falhanço dos Nacional-Anarquistas em abordar aprofundadamente este assunto seria totalmente indesculpável. É altura de avaliar o clima actual e modificar a nossa abordagem estratégica em conformidade. A primeira pergunta a que temos que responder é: o conflito entre os revolucionários Nacional-Anarquistas e o Estado é inevitável? Já abordei noutro local a futilidade das urnas e das tácticas eleitorais de organizações como British National Party (BNP) ou dos Nacional-Democratas (ND) de Ian Anderson, mas será que a nossa alternativa de crescimento orgânico dentro da comunidade é suficiente? É um facto que iniciativas de cariz comunitário podem levar à criação de uma nova ordem social, política e económica, que pode de facto minar o velho regime. Na verdade, quando deixarmos de depender das suas instituições burocráticas o Estado tornar-se-á crescentemente supérfluo e será eventualmente posto de lado. Mas será que isto é realmente suficiente?

Desenvolvimentos recentes não nos deixam dúvidas de que a classe dominante empregará toda a força militar das suas extensas e bem treinadas forças armadas para lidar com qualquer ameaça à contínua exploração capitalista do povo. Aqueles que não percebem isto não têm direito a estar envolvidos na luta anti-capitalista, e isto inclui activistas e apoiantes de todo o espectro esquerda-direita. É óbvio que as forças clandestinas por detrás do super-rico império global nunca abdicarão do seu imenso poder e influência sem uma luta até à morte. Criar uma contra-cultura ou, mais, uma estrutura de contra-poder dentro do actual sistema é uma necessidade básica, mas olhando para as tendências actuais realisticamente, concluímos que não haverá uma solução pacífica ou puramente política para os variados males da sociedade moderna.

Se o conflito parece inevitável – pelo menos para aqueles que não conseguirem fundar as suas próprias comunidades – que forma tomará? A resposta a esta pergunta não pode ser encontrada de forma instantânea num catecismo de bolso revolucionário, não podemos controlar a direcção futura da sociedade, e devemos simplesmente abordar as situações à medida que vão aparecendo. Por outro lado, o cenário mais provável nas maiores vilas e cidades de Inglaterra será de caos e desordem. À medida que mais e mais pessoas são classificadas, identificadas, categorizadas e consideradas como não-consumidores de uma crescente subclasse, parece razoavelmente certo que estes excluídos constituirão a nova base revolucionária a partir da qual resistiremos às engrenagens do Estado repressivo.

O multi-racialismo terá um papel muito grande na desintegração do tecido social, tecido esse que nunca seria mantido unido pelos agentes liberais do “politicamente correcto” e da “discriminação positiva”. Os negros irão relacionar-se com negros, os asiáticos com asiáticos e – confrontados com crescentes dificuldades económicas e criminalidade – os brancos procurarão protecção, consolo e respeito entre os seus irmãos. O caos contém inadvertidamente os elementos de recuperação da sanidade e de redenção, e este espírito unificador engendrará uma identidade comum e permitirá às pessoas aguentar e lutar.

Este cenário não pretende ser romântico ou sobre-dramático, é uma interpretação realista de como os Nacional-Anarquistas emergirão das ruínas da sociedade capitalista. A pequena burguesia pode ter as suas churrascadas, a sua televisão por satélite e as suas cozinhas equipadas por agora, mas é melhor que as aproveitem ao máximo. As nuvens negras da guerra começam a pairar à medida que a Inglaterra entra na sua fase terminal, e cabe-nos preparar o caminho para a vitória durante o inevitável conflito que se irá indubitavelmente seguir. Mas, por onde começamos?

Os meios de preparação para o combate revolucionário já existem, e devem ser explorados. Examinemos três áreas nas quais os Nacional-Anarquistas se devem integrar com a intenção de recolher conhecimentos vitais para o futuro.

1. Preparação física

A era materialista levou sem dúvida a um aumento da vaidade humana e a uma busca egoísta pelo “corpo belo”, mas pelo menos, tanto as condições como as oportunidades para o desenvolvimento físico aumentaram em conformidade. Este país tem milhares de centros desportivos, ginásios e associações desportivas, e não há nenhuma razão para que os Nacional-Anarquistas não usem estes espaços para se melhorarem fisicamente. Enquanto as massas se sentam à frente dos seus televisores, empanturrando-se e arrotando intermitentemente entre garfadas de kebab rançoso, nós temos de encarnar a era do Guerreiro e o Homem Novo. Se não estás em forma, então faz alguma coisa para o resolver. Pára de fumar; reduz na bebida; come comida saudável; participa em acampamentos e caminhadas com outros Nacional-Anarquistas; e acima de tudo, mantém-te activo. Ter um corpo saudável é ter uma mente saudável.

2. Auto-defesa

A mentalidade individualista e de todos contra todos do capitalismo quase destruiu os últimos vestígios de vizinhança e respeito que restavam. Os violentos e os perturbados não hesitam em esfaquear ou alvejar alguém no meio da rua pelo preço de um grama de cannabis, e em muitas áreas jovens e velhos não podem andar nas ruas sem receio de ataques. Para mulheres, crianças e idosos, a situação é consideravelmente pior e violadores, pedófilos e outros sociopatas não têm dificuldade em atacar os mais fracos e vulneráveis. Mas, mais uma vez, é possível contrariar estas tendências melhorando-se, aprendendo técnicas de auto-defesa e combate desarmado. Seja kung-fu, judo ou kick-boxing, aprender os rudimentos de auto-defesa é um pré-requisito para enfrentar a era de luta que se aproxima. À medida que a sociedade se desmorona, teremos de formar grupos de vigilantes e policiar as nossas próprias comunidades. A desintegração social leva ao aumento da actividade criminosa, e basta-nos olhar para os exemplos da Rússia e da Albânia para perceber como uma catástrofe económica leva ao crime organizado. Quando chegar a altura, poderá ser necessário obter comida, electricidade e reservas de água, e temos de controlar as ruas para nos defendermos, às nossas famílias e à nossa propriedade.

3. Mais actividades

Se os activistas revolucionários forem forçados a defender-se, e às suas famílias, dos mercenários sem rosto do Estado – e isto inclui polícia, exército, senhorios, cobradores de impostos, etc. – então eles devem conhecer os meios para o fazer. Vale a pena chamar a atenção para o seguinte: se podes despender uma noite por semana e apenas um fim-de-semana por mês, porque não juntares-te ao Exército Territorial (ET)? O ET paga aos seus voluntários o mesmo que a um soldado normal, assim, aproveitando esta oportunidade podes ser pago e treinado pelo Estado para lidares com ele quando for necessário.

Estas três opções não se aplicam a todos os Nacional-Anarquistas e nós sempre defendemos que podemos incorporar diferentes contribuições dentro do nosso flexível leque de interesses. No entanto, todas as pessoas fisicamente capazes deviam considerar muito seriamente melhorar-se duma maneira ou outra. O resultado destas iniciativas não pode ser previsto, mas à medida que a Inglaterra se decompõe firmemente, por entre o colapso gradual da democracia liberal, apenas os mais organizados e preparados se erguerão em triunfo para reclamar o seu lugar, por entre as ruínas estilhaçadas.

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