sexta-feira, 19 de setembro de 2014

SALAZAR NO SEU TEMPO



Saudações!
Neste dia queria evocar a Revolução do 28 de Maio de 1926. Já anteriormente manifestei o meu apreço por este site, onde as ideias do grande as ideias do grande Estadista são louvadas e no caso de Ricardo Silveira e outros, são contestadas. Não vou julgá-lo pela idade nem pois acho errada a ideia de nos julgarmos, apenas tecerei pensamentos contrários aqueles que professa…
Como deve calcular não posso nem devo, por honestidade intelectual ocultar o carácter repressivo instaurado por Salazar a quem se lhe opunha, à esquerda e direita, afinal ele era um…ditador, não estávamos propriamente em tempo de democracias na Europa; disse um dia que não estava agarrado ao poder, contudo permaneceu por lá cerca de quarenta anos; o país sofreu de várias privações atávicas de crescimento económico pois não havia consciência cívica e concorrência empresarial: Salazar era avesso à emancipação do tecido económico; vários direitos essenciais como a saúde eram prestados ao povo de uma forma diminuta; não havia liberdade de imprensa havendo o lápis azul da censura, etc. etc. etc…enfim como vê não tenho “palas” nos olhos assim como outros correlegionários salazaristas onde sabemos que regimes perfeitos não existem e podíamos estar a discorrer sobre os aspectos negativos”da longa noite fascista” ou lá como lhe queiram chamar. Mas como em tudo na História, aqueles que como o Ricardo Silveira e outros, se não a olharem como um discurso fácil e a olhem através da Razão, Ponderação e Documentação verão que tudo aquilo que foi inoculado no pós 25 de abril sobre Salazar é tão ou mais intoxicante (uma vez que estamos numa suposta liberdade e livre circulação de ideias) do que toda a propaganda do Estado Novo. Passado esta abertura algumas ideias gostava de partilhar convosco:
-a História vê-se à luz do seu tempo. Como é que um País em 1900 sem recursos e uma elevada dívida externa a vir de uma monarquia agonizante, fracturada por todo uma amalgama revolucionária que viria a desencadear na instauração da Republica em 1910 – pelo meio ficam dez anos, um regicídio, uma ditadura de João Franco, que ninguém lembra ou recrimina os seus actos de falta de liberdade parlamentar e violência policial mas lembram-se das de Salazar…
-é sobre um regicídio que o país vê entrar os novos ventos da história e os restantes regicidas que não foram mortos vêem o novo regime perdoá-los ao não os perseguir, com políticos a esquecer o país rural que éramos e centrar em Lisboa o palco para as querelas politicas, tão ao gosto…da monarquia parlamentar que entretanto mataram e que em nada beneficiavam o povo.Com a agravante de um país ter ficado com a ideia de que tudo era possível, sem limites, pois se até o Rei foi morto…
-era um facto que todos os que governaram, grosso modo na I República até à Revolução de 1926, eram culturalmente mais densos que os nossos actuais governantes e presidentes do pós 25 de abril - não foi pois  por falta de cultura que falharam…-mas pode um país assentar em apenas ideias progressistas que eles tantos admiravam e negar ao povo ensino básico com a falta de uma rede escolar eficaz? Todo o país sabia ler e quando Salazar subiu ao poder o povo ficou com amnésia e virou analfabeto? É com Salazar que se funda uma rede física escolar primária sólida que hoje se está a fechar paulatinamente por todo o interior!!!
-Estávamos mergulhados num caos diário na I Republica onde pouco ou nada de substancial da parte do Estado foi feito; greves constantes, as casernas estavam ao rubro fazendo tremer o poder politico (o famigerado conselho da revolução pós 25 abril era um menino de coro comparados com os congéneres da altura),constantes pedidos de empréstimos ao exterior e consequente depreciação da moeda, até ao culminar da vigarice de Alves dos Reis.
-A IMAGEM DO ESTADO ESTAVA PULVERIZADA! E FORAM DEZASSEIS ANOS NESTE MARASMO SOCIAL! FOI DEMASIADO TEMPO PERDIDO.
-de criticas, muitas delas justas, que se fazem a Salazar afunilam nas guerras: colonial e II Guerra Mundial, lembremos novamente a I República que atirou 55 000 homens que compunham o CEP (corpo expedicionário português) donde morreram em França 14623 (segundo Egas Moniz) e feitos 6000 prisioneiros, mas devido à desgraça de Lalys  Esquecemos que Africa era também um palco de guerra cujas baixas foram de 21 000 ( cerca de 40% do CEP); este enviar inconsciente para a morte (sobretudo em Lalys) teve em Afonso Costa um grande impulsionador, vulto carbonário este, admirado por João Soares. Democracias…Mas porque é que entramos neste banho de sangue? Dever Nacional? Ou entre muitos, o facto de uma Alemanha vencedora amputava Angola e Moçambique de Portugal? Porque é que o termo explorador de povos de Africa surge ligado a Salazar? Porque convém? Será que a I republica ao defender os interesses económicos coloniais foi mais limpa do que Oliveira Salazar? o progressismo lava mais branco? Hoje será um anacronismo pensar activamente em colonizações (existem outras…) mas naquele tempo era normal pensar de Minho a Timor como hoje nos é normal pensar do Minho aos Açores! As vidas que se perderam nas colónias não foram obra de um só homem, mas porque é que só a ele se lhe atribuem as culpas? Até em baixas (10000) o país ficou aquém  da I Guerra. Sei que a guerra é sempre injusta mas apenas tento fazer luz sobre um assunto: 46 anos se passaram sobre o início da guerra colonial (com as feridas que provocou em todo um povo já cansado do conflito e causa maior do advento abrilista) assim como no seu começo em 1961, se tinham passados 43 anos da I Guerra Mundial e seus mortos em território africano. Também após esta, a revolução Sidonista  e  a de Maio de 1926  vieram encontrar uma sociedade desfeita pela destruição do CEP. Tudo se tem de ler à luz da época. Aqueles territórios eram Portugueses, habitados por Portugueses de todas as cores (sim, pois apesar do tão propalado respeito pelas minorias e autodeterminação dos povos ainda não vi a democracia de Abril assentar um preto no parlamento; aliás só serve de tema de conversa eleitoral entre os berloquistas e quejandos de esquerda), militares indígenas que ao nosso lado combatiam e que os abandonamos à morte aquando da independência contra o IMPERIALISMO soviético e americano; em relação a estes os bens pensantes da nação nada contestam pois apesar de deixarem Africa de rastos ao fim de 30 anos são menos com dizer…opressores que nós e com ideias mais elevados que o salazarismo. Foi a descolonização possível como disse Soares… devia-se ter feito mais por aquelas pessoas do que foi feito, afinal, era o dever moral contra todo o ideário de crime segundo os abrilistas que tivera palco durante séculos. Desculpem o alongamento e comparação entre a I Guerra e a Guerra colonial mas Salazar esteve presente nestes dois acontecimentos históricos, aliás ele perpassa e molda todo o século XX. Português. Os jovens em Portugal não aprendem nos manuais de história, que não contam ou omitem um justo parecer à luz da história sobre Salazar e foi preciso um concurso bacoco na RTP para alguns ouvirem falar dele: mas se o 25 de Abril tivesse ensinado de uma forma responsável o que é que Ditador fez e o que a sua Era representou provavelmente teríamos serenidade para contemplar e que de bom se fez: em vez disso a ponte sobre o Tejo foi feita pelos cravos de Abril e eu próprio li com treze anos na aula de português (onde curiosamente me marcaram falta de material escolar por a minha mãe não ter dinheiro na altura) textos de leopold senghor, discursos de Amílcar Cabral entre outros shows  onde  se glosava tanto o povo mas este era gozado na prática.
-Voltando aos feitos de Salazar com a implementação da II república. O que hoje nos parece parco foi na altura um feito gigantesco: temos de pensar que a ideia de estado foi feita partir do NADA, pois os cofres estavam vazios e a moeda não tinha autoridade no exterior; rede publica de escolas primarias (o pais pouco tinha e dizem os de má fé que era apenas para o povo fazer contas), Liceus (estes já dão para equações…) e Universidades (ooops! Lá se vai a aritmética salazarista, o homem estava insano…) como o Técnico e o Pólo Universitário do Campo Grande entre os quais muitos dos lá tiraram os cursos foram aqueles que dizem que em Portugal nada se aprendia e de lá saíram muitos dos revolucionários do 25 abril…já agora avivem-me lá a memória que estruturas de ensino foram entretanto criadas? A Autónoma? A Independente entre outras pérolas onde grassa a corrupção e cursos fantasmas? Alguém me pode dizer que estruturalmente ensinar todo um povo a partir do zero não foi bem conseguido? Apesar de todos os índices altos de analfabetismo que transitaram para a actualidade pelo menos Salazar fez mais dos que os diletantes que governavam o povo e que diziam que o amavam e iam letrar! Hoje em dia o ensino está melhor na apreensão e pior nos conteúdos tão confusos andam os programas. Em comparação em 33 anos estamos na cauda da Europa e não é por falta de dinheiro no ministério da educação. À lupa da história não será que condenamos uma geração inteira do pós 25 abril onde se vê que o que lhes foi facultado foi um andar à deriva curricular e falta de exigência intelectual? Não será isso tão obscuro como as falhas que apontam ao antigo regime? Enfim… -Consolidação financeira: foi o mote ao qual nem os esquerdistas contra-argumentam, que o país conseguiu fazer obras publicas dignas desse nome: Lisboa cresceu ordenadamente, hoje são os sítios mais nobres da cidade, havia habitações sociais até então inexistentes, para o qual contribuiu um homem, Duarte Pacheco ,contra o qual todos os actuais candidatos à C.M.L. certamente perderiam…; redes viárias: esgotos; comunicações; etc, etc.
-Saúde outro dos temas em que maltratam tanto a figura dos estadista:dou-me conta que os hospitais que hoje servem a maioria dos lisboetas, Santa Maria, Capuchos, S.Francisco Xavier, Curry Cabral, etc, foram os primeiros a serem dotados de infraestruturas modernas. Hoje temos um gastar contínuo de dinheiro em S. José em obras que nunca acabam. Hospital construído de raiz na zona de Lisboa foi o Amadora-Sintra com o caos de gestão que é reconhecido. Evidente que muito havia para fazer e Marcelo Caetano complementou com reformas profundas na segurança social e demais bemestar dos portugueses. Das poucas coisas boas que o 25 de Abril trouxe neste campo foi a ideia do SNS criado por Arnault e que tem sido desvirtuado pelo seus correlegionários a ponto de hoje haver saúde para pobres e saúde para ricos:mas isto era o acusavam Salazar de fazer e hoje está democraticamente aceite. Quem não tenha um seguro de saúde ferra-se!
Mas não compreendo o estado da saúde pois com os milhões que foram gastos na saúde nos últimos 30 anos: só com o buraco deixado pela Maria de Belém (gov. PS1995 1999) que foi tão grande que dava para construir outros tantos hospitais…maior foi amuo da senhora que fez com que Guterres a presentiasse com um ministério feito à medida (o tolo ministério da igualdade onde foram gastos mais de dois milhões) ou seja em Portugal podem-se estourar com milhões hipotecando o futuro das gerações que nada lhes acontece, nem a um tribunal de contas são chamados. Com tanto dinheiro mal gasto Salazar deve dar voltas na campa a saber porque que é que hoje muitos portugueses o acusam de só ter poupado se a sua herança é hoje assim delapidada pelos actuais governantes.
-Justiça: dantes os Juízes faziam fretes ao regime e hoje? O regime político quer transformá-los em cordeiros do poder bipolar partidário! Magister? pfff, é mais ultrajante esta palavra em democracia pois deviam ser o refugio moral da nação na aplicação dos direitos e deveres da RES PUBLICA! Dantes os tribunais compactuavam com prisões injustas por delito de opinião (era uma ditadura), mas os problemas do quotidiano eram resolvidos sem o actual entupimento dos tribunais ( que nos custa cerca de 7ª 10% do PIB).Acresce que muitos dos problemas foram feitos por uma mudança da moral dos portugueses que hoje fazem tábua rasa da palavra e pondo calotes e outros defeitos tão normais como o ar que respiram. A moral, bons costumes e decência tiravam muito processo dos tribunais. Só problemas relacionados com o tráfico de drogas o estado faz com que toda um sistema prisional esteja cheio de arraia miúda e não estejam lá os tubarões que aparecem em horário nobre da TV pois crime de colarinho branco não interessa resolver pois senão muitos amido e compadres da revolução estariam na choça! Veja-se o caso do roubo em 1987 feito pelas FP-25 onde mais de 100 000 contos desapareceram e hoje muitos deles são empresários de importexport. Tadinhos. Hoje também o sistema discrimina os cidadãos pois quem não tenha dinheiro para pagar a bons advogados os crimes prescrevem sem que as pessoas tenham às vezes uma solução em vida. É triste ver que hoje as clivagens estão todas lá, mas como são feitas em nome da democracia tem outro cheiro…
-Policia vs estado de direito: do bater antes de questionar entre outros abusos passou-se para uma total falta de respeito pela farda e pela ordem que ela devia representar! Desde o celebre caso dos Policias secos e molhados que a policia tem sido desrespeitada pelo poder político! Qualquer dia até criam um sindicato contrário à sua lei orgânica mas isso é fruto de ninguém reparar que foi o Estado que permitiu que tais ideias germinassem. Os jovens de hoje deviam saber que a força da frase: “ é preciso que o Estado seja forte para não se tornar violento” da autoria do ditador tem alcance no tempo, pois ordem não significa repressão e o ideário de Abril pôs em toda uma geração um conceito errado de liberdades que hoje se confundem com graffitis nas paredes, mobiliário urbano destruído, jardins vandalizados com impunidade total de quem os pratica!
Quem erra sabe que o braço da justiça é lento.
-Tantos e tantos aspectos podiam ser aqui aflorados sobre o quotidiano português mas saio em defesa de Salazar pois é verdade que o sentido do termo ESTADO que nos moldava o inconsciente e que mantinha o País -sem os episódios caricatos que todos os santos dias abrem os noticiários – pura e simplesmente desapareceu. Desde o 25 de Abril que o Estado emprega eleitores e financiadores dos partidos e não servem a republica servindo para se perpetuarem no poder!!! Não será isso, uma forma de Ditadura? Ainda hoje ouço muitas pessoas falarem que o país está mal por causa de Salazar mas pelo Amor de Deus já só falta um par de anos para que a revolução ter tantos anos, quantos a ditadura!!! E ainda culpam Salazar? É preciso ter lata! Até que o homem não era assim tão espadaúdo! Ou será… que culpar convenientemente Salazar faz com que os senhores do actual poder possam perpetuar os erros e roubos? Eu pelo menos não escalpelizo os erros de Salazar (só Deus é perfeito) mas ao menos este impunha rigor a sério, dava um rumo ao país e não atirava as culpas ao antecessor. Casos como os da OTA eram impensáveis pois como ele dizia “discuta-se o que hà para discutir mas quando for altura de obedecer que o façam todos” só este caso arrasta-se no tempo quase tanto como o tempo da III República. Salazar não precisava de tanto…e sem os dinheiros da EUROPA. O problema é que ele esteve lá para servir os portugueses e não para se servir: no fim da sua vida tinha cerca de duzentos contos na conta. Os detractores dizem não era o dinheiro que o movia mas sim o poder mas expliquem-me lá uma coisa: à excepção dos que já morreram não concorrem sempre os mesmos rostos? Quando não estão lá, estão em organismos estatais à medida ou no Parlamento Europeu e passado 4 ou 8 anos voltam ao poder. E este processo repete-se até à náusea! É por se votar que se acaba com a ditadura, ou o sistema democrático português (não outros) e seus vícios encerram em si uma boa dose de…ditadores???
Além de controlarem o poder, pois apesar do voto ser livre e de haver de facto eleições livres, como dantes não o havia, não é garante que os mecanismos de governação não estejam inquinados. Como é que um primeiro-ministro pode levar obras a cabo se por vezes existem prazos e programas além disso? Como é que um presidente sai de uma câmara para um governo quando nas urnas o povo apenas o escolheu para o município? Como é possível um primeiro-ministro quando não tem pulso diz que a situação está pantanosa bate com a porta e diz: ”É a vida…”? Como explicar a saída de um primeiroministro para o Parlamento europeu numa altura que Portugal mais precisava dele? 
Como é possível, todas as falsidades programáticas que em nada resultam numa posterior realidade? Ano após ano? Com milhões e acima de tudo tempo perdido? Obras interrompidas no final do mandato, por o candidato posterior não concordar com elas? Candidatos a braços com problemas na justiça e actuais presidentes de câmara? Relações perigosas entre câmaras/futebol/cimento onde todos se aguentam num pacto de silêncio porque varre todas as correntes políticas com assento parlamentar? Dizem que no tempo de Salazar tínhamos um parlamento de eleições fraudulentas (apenas no caso de Delgado, pois todas as outras foram-no com a esmagadora maioria dos portugueses) e o povo era analfabeto mas e hoje? O voto dos deputados é rigidamente cego dirigido pelo espartilho do presidente da bancada partidária? O curvar de espinha não é semelhante? Fazer com que os portugueses tenham reformas e direitos diferentes do que aqueles que consignam em leis à medida deles feita para proveito próprio? Não existe um pedido de desculpas por tudo isto? E ninguém os pode controlar…
-Não é difícil constatar hoje o avanço da sociedade mas é inegável que a estabilidade financeira legada por Salazar deu um contributo: até o ouro do banco de Portugal foi tirado para financiar o pós-revolução pois quem tomou de assalto o poder, não tinha capacidades técnicas para governar a Nação. E as remessas da Europa? No tempo de Salazar houve crescimento sustentado sem tantos recursos à mão? Os portugueses emigraram por fome? Ou para fugir a uma guerra? Que eu saiba as maiores vagas do séc. XX deram-se logo no seu início e na década de 60 a par do conflito colonial e basicamente no interior. E hoje com tantas oportunidades desperdiçadas pelos governantes, o povo está a fugir de que de que tirano? Salazar fazia agora falta para servir de bode expiatório…
-Já agora caro Ricardo Silveira a II Guerra Mundial em que eu como individuo me teria tornado por convicção combatente ao lado dos Aliados mas como governante Salazar teve coragem de não repetir o crime feito na I G. Guerra ainda por cima o exercito português estava a dar os primeiros passos enquanto estrutura moderna se tivessem ido lá para fora eram imediatamente pulverizados! Se admira o facto de haver portugueses que achavam que era melhor termos entrado nesse conflito para assim tínhamos o plano Marshall e consequente democracia olhe para as fotos de uma Europa devastada e diga isso com convicção. Muito custou a Salazar gerir o conflito com todos a quererem disputar as colónias e o território Nacional! A própria Espanha de Franco a que o próprio Salazar ajudou a troco de ajuda queria-lo…eram tempos de chumbo e só alguém muito determinado e ponderado o podia conseguir. Em termos comparativos a guerra colonial foi um palco local e foi desastrosamente terminada…ás vezes em jeito de brincadeira ponho-me a pensar se tivéssemos um Soares nesses terríveis anos não era só a bandeira a ser espezinhada, o nosso território era capaz de ser dividido entre quem quisesse desde que não implicasse o esforço e coragem mental!
-Quem obstinadamente critica os tempos de Salazar dizendo que hoje vivemos melhor faz uma comparação directa com o tempo real em que Salazar viveu e já se passaram dezenas de anos sobre tal facto; toda a sociedade tem de avançar no tempo sob pena de estiolar – até Angola apesar de destruída está a dar os primeiros passos desde a guerra civil que grassou no pós independência mesmo com toda a corrupção -  e Portugal não é excepção. A questão que se coloca é que o panorama actual do país se a excelência de conhecimentos de Marcelo Caetano tivesse continuado ao serviço da Nação (sei como vós muitas das contradições e utopia de tal suposição) seria um avanço descomunal em relação a hoje pois a entrada para a CEE já tinha sido equacionada no seu espírito; escreveu livros de referência para escola de administração publica em Espanha, a mesma que teve um ditador sanguinário, sem instrução de espécie alguma, apenas a livrou das garras do comunismo e lhe deu uma transição melhor que a ocorreu em Portugal, pois o MFA não tinha gente preparada para assumir tal responsabilidade, antes deu ao PCP o controlo do tecido económico com as nacionalizações e ruína daí decorrente. Quantos anos se perderam? Quinze? Depois admiram-se de eles estarem à nossa frente! Lembro-me de a peseta e economia vizinha estarem atrás de nós! Eles não mexeram na economia e tiveram políticos responsáveis. Os que nos saíram em rifa abandonaram o rigor governativo para se entregarem a querelas políticas fazendo-me lembrar por vezes o parlamento da I república (mesmo assim os discursos são mais acéfalos do que então salvo raras excepções) …
-Hoje estamos intoxicados com uma informação ao serviço de grupos económicos em que pensamentos e críticas marginais são abafados à nascença e os que vêem a debate provocam apenas ruído e contra informação; ninguém chega a construir clareza sobre tema algum, veja-se o aborto. OTA, drogas, educação, deficit, regionalização, apitos dourados, justiça, saúde, tantos e tantos debates que se alguém coleccionasse jornais por temas via que sazonalmente vêem novamente ao de cima como se de moda se tratasse, mas se tal como dizem alguns isto é manifestação de democracia, eu por mim vejo mais que tais casos não foram devidamente resolvidos não se lhes pondo uma pedra no assunto; durante todos o dia pensamos em cartões de crédito, telemóveis, bancos, futebol, carros, telenovelas, mas debate para os pensamentos elevados são facilmente achincalhados e a procura interior é anulada por falta de interesse e substituída por toda a espécie de consumismo; as liberdades adquiridas não trouxeram “ o homem novo” que tanto apregoaram. E isso que me desculpem é culpa inteiramente nossa pois depositamos a educação das crianças a um Estado que por sua vez é acéfalo, com pais e professores a estarem-se nas tintas para abrirem caminho ao debate construtivo… -Por fim criticar Salazar por ele não ter permitido liberdades é tão vazio pois ele não pertencia ao espectro democrático; fazer dele um fascista é não conhecer o destino de Rolão Preto, fazer como noutros sites o apelo “por um Salazarismo democrático” é ridículo; fazer a saudação Nazi em Santa Comba a propósito do museu é um ultraje à memória de alguém que desprezava arruaceiros; haver colagens de grupos e partidos de extrema-direita que hoje está minada por Neo-Nazis, como no caso do PNR. É prenúncio para que a sociedade esquerdista que o 25 de Abril criou, diga” afinal tínhamos razão em dizer que Salazar era um tenebroso Nazi”…A excelência dos seus pensamentos não podem ser mal evocados: leiam-nos, critiquem-nos mas não façam colagens ultrajantes.
É impossível haver um regresso do salazarismo pois ele é único, e pessoas como eu não esperam pelo um novo Sebastião mas votá-lo ao limbo é a face visível do ressentimento do pós-25 de Abril. É tabu falar hoje em dia sem cair em pieguismos facilitistas ou serse cuspido a saída da missa em memória dele. 
FOI MUITO POSITIVO O BALANÇO, NÃO ACREDITO QUE POSSA DIZER O MESMO DE AGORA DAQUI A UNS ANOS!
DESCANSE EM PAZ SABENDO QUE EXISTIRÁ SEMPRE QUEM O ADMIRE!  OBRIGADO.

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